Bem-vindos a mais um bate-papo semanal sobre Bíblia, teologia e arqueologia com Rodrigo Silva. Desta vez, estamos em Israel, explorando um sítio arqueológico que está revelando muitos detalhes fascinantes sobre a história do povo de Israel. Acompanhe-nos nesta jornada enquanto descobrimos as riquezas históricas escondidas no sítio de Givat Parking, localizado dentro da cidade de Jerusalém, a poucos metros da Muralha da Cidade Velha.
Sítio de Givat Parking
Até 2007, a área onde hoje se encontra o sítio arqueológico de Givat Parking era um grande estacionamento de carros. Contudo, escavações revelaram camadas e mais camadas de história sob o asfalto. Rodrigo Silva destaca que em Israel estamos lidando com milênios de história, contrastando com as histórias relativamente recentes das Américas.
Por exemplo, sob um prédio moderno, continua a haver antiguidades. As intervenções arqueológicas revelaram diversas camadas de construções, cada uma representando um período diferente da história. Jerusalém é como um bolo de camadas, com cidades sendo destruídas e reconstruídas uma sobre a outra ao longo dos séculos.
Camadas de história em Jerusalém
Rodrigo nos mostra um buraco feito pelas escavações arqueológicas, destacando as muitas camadas de história que foram encontradas. Ele menciona que Jerusalém é única por causa das suas camadas arqueológicas, que vão desde o período do Rei Davi até os tempos modernos. Cada camada conta uma história diferente, desde o tempo dos profetas bíblicos até as construções bizantinas.
A importância das cerâmicas
No sítio, foram encontrados sacos cheios de cerâmicas, que ajudam a datar os diferentes períodos históricos. Rodrigo compara a identificação das cerâmicas à identificação de carros antigos – os detalhes das alças, a cor e a forma da cerâmica podem indicar a época em que foram feitas. Por exemplo, uma cerâmica do período do ferro tem características distintas das cerâmicas do período helenístico.
Moedas Bizantinas e a Estratigrafia
Entre as descobertas, destaca-se um tesouro de mais de 260 moedas de ouro da época do Imperador Heráclio, encontradas por uma voluntária. Estas moedas, datadas de 610 d.C., ajudam a contextualizar as camadas de construção encontradas no sítio. A estratigrafia, que é o estudo das camadas de terra sobrepostas, é crucial para entender a cronologia das construções. O que está mais em cima é mais recente, enquanto o que está mais embaixo é mais antigo.
Descobrindo selos bíblicos
Outra descoberta fascinante foi o selo de uma mulher chamada Eliana Bat Gael, indicando sua importância na sociedade da época. Além disso, foi encontrado um selo com o nome de Nathan Melek, um personagem mencionado na Bíblia no livro de Reis. Esse tipo de descoberta confirma os relatos bíblicos e nos aproxima ainda mais da história descrita nas Escrituras.
Marcas de destruição Babilônica
Rodrigo destaca as marcas de cinzas encontradas no sítio, que indicam a destruição de Jerusalém pelos babilônios, conforme profetizado por Jeremias e Isaías. Essas camadas de cinzas são evidências tangíveis das invasões babilônicas que levaram à destruição do Primeiro Templo em 587 a.C. A presença dessas cinzas em várias camadas confirma a violência e a destruição sofridas pela cidade.
A exploração do sítio arqueológico de Givat Parking em Jerusalém é uma janela para o passado, revelando camadas de história que datam de milhares de anos. Desde cerâmicas e moedas até selos e marcas de destruição, cada descoberta nos ajuda a entender melhor a rica e complexa história de Jerusalém e do povo de Israel.
Para uma exploração mais aprofundada e visual das descobertas, não perca a live completa com Rodrigo Silva.
Uma resposta
Abiblia comentada por rodrigosilvaoficial.com é a melhor coisa nos últimos trinta anos de assembleia.