A Ascensão de Jesus é um daqueles momentos marcantes que encerra uma etapa e abre outra. Depois de vencer a morte e passar quarenta dias aparecendo aos seus discípulos, ensinando sobre o Reino de Deus, Jesus foi elevado aos céus — visivelmente, corporalmente, diante de todos. Uma nuvem o encobriu e dois anjos anunciaram: “Do jeito que Ele subiu, também voltará.”
Mas o que esse evento realmente significa? Só um espetáculo celestial? Uma despedida? Muito pelo contrário. A Ascensão de Cristo tem três significados profundos para o cristianismo, e neste artigo vamos explorar cada um deles com base nas Escrituras e na esperança cristã.
O que é a Ascensão de Jesus?
A Ascensão aconteceu quarenta dias após a ressurreição, conforme descrito em Atos 1:9-11, e confirmada nos evangelhos de Lucas 24:50-51 e outras passagens como Mateus 16:19. Jesus, após ser ressuscitado, ainda permaneceu entre os seus discípulos em aparições físicas, dando ensinamentos finais sobre o Reino de Deus.
Ele não havia subido ao céu de forma definitiva ainda — isso só aconteceu nesse momento registrado em Atos, quando Ele foi elevado “às alturas” e uma nuvem o ocultou da vista dos apóstolos. Foi aí que dois anjos apareceram e disseram:
“Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir.” (Atos 1:11)
Ou seja, a Ascensão de Jesus não é apenas um adeus — é também uma promessa de volta.
A obra de Cristo foi concluída com sucesso
A primeira grande verdade revelada na Ascensão é que a missão redentora de Jesus foi concluída com sucesso.
A ressurreição já havia provado que a morte foi vencida, mas a Ascensão sela esse triunfo com chave de ouro. Ela mostra que Jesus voltou para a glória do Pai, sentou-se à direita da majestade nos céus, como está escrito em Efésios 1:20-22 e Filipenses 2:9-11:
“Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo nome…”
Ao subir, Jesus assume sua posição de autoridade plena no céu. É como se o Céu estivesse dizendo: “Missão cumprida!” Ele pode agora reinar com glória e honra, como o Redentor vitorioso.
Cristo é nosso intercessor
A segunda verdade é tão maravilhosa quanto: Jesus não apenas subiu ao céu — Ele está ativo lá, por nós.
Ele não apenas salvou, Ele intercede. Ele está diante do Pai como nosso Sumo Sacerdote, apresentando-se continuamente em nosso favor. Isso é destacado em várias passagens como:
- Romanos 8:34 – “Cristo Jesus é quem morreu ou, antes, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.”
- Hebreus 7:25 – “…vive sempre para interceder por eles.”
- Hebreus 4:14 – “Temos um grande sumo sacerdote que penetrou os céus…”
Ou seja, a ascensão é o início do ministério celestial de Cristo, onde Ele continua cuidando dos seus. Ele não nos abandonou, mas está num lugar de influência total, trabalhando pela nossa salvação de forma contínua.
Uma promessa garantida
E por último, mas não menos importante: a ascensão traz consigo uma promessa maravilhosa — Jesus vai voltar!
As últimas palavras dos anjos foram claras: “Ele voltará da mesma forma que foi”. Isso confirma a profecia de Jesus em João 14:1-3:
“Na casa de meu Pai há muitas moradas… vou preparar-vos lugar. E quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo.”
Isso reforça que a Ascensão não foi um fim, mas uma pausa. Jesus está preparando o lugar, e assim que tudo estiver pronto, Ele voltará — não em espírito, não de forma simbólica, mas literalmente, com glória e majestade, como também dizem 2 Tessalonicenses 1:7-10.
Versículos sobre a ascensão de Jesus
Aqui vai uma lista com algumas referências-chave para quem quiser estudar mais a fundo:
- Atos 1:9-11 – O registro da Ascensão
- Lucas 24:50-51 – A bênção e subida de Jesus
- Efésios 1:20-22 – Cristo à direita de Deus
- Filipenses 2:9-11 – A exaltação de Cristo
- Hebreus 4:14; 6:20; 7:25 – O sacerdócio eterno de Jesus
- João 14:1-3 – A promessa de preparar moradas
- 2 Tessalonicenses 1:7-10 – A promessa da segunda vinda
Que lição tiramos disso tudo?
A Ascensão de Jesus é um convite à esperança. Um lembrete de que, apesar das lutas e da incerteza, o céu está em movimento. Jesus reina. Intercede. E prepara. O que começou na cruz será completado na glória.
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