Prova final
“Mas agora desejam uma pátria superior, isto é, celestial. Por isso, Deus não se envergonha deles, de ser chamado seu Deus, porque lhes preparou uma cidade.”
(Hebreus 11:16)
Durante a Segunda Guerra Mundial, na Inglaterra, um acampamento tornou-se palco do treinamento de agentes de espionagem dos Aliados contra Hitler e os nazistas. Os métodos eram rigorosos: modificavam a alimentação, os hábitos, as práticas e os costumes dos futuros espiões.
Esses agentes vestiam uniformes alemães, adotavam nomes e aprendiam a falar alemão sem sotaque. O objetivo era torná-los tão convincentemente alemães quanto possível, pois precisariam infiltrar-se no território inimigo.
O sucesso do programa era determinado por uma prova final: sem aviso prévio, os soldados eram submetidos a uma marcha extenuante durante todo o dia. À noite, exaustos, eram acordados abruptamente com holofotes, gritos e barulho.
Então, o oficial perguntava:
“Quem é você?”
Se respondessem algo como: “Eu sou Henry Smith, do Canadá, e estou voltando para casa,” seria evidente que não estavam prontos. Porém, se dissessem em alemão: “Mein Name ist Hans Schmidt, ich bin aus Frankfurt und gehe nach Berlin,” (Meu nome é Hans Schmidt, sou de Frankfurt e estou indo para Berlim), teriam passado no teste.
O exército de Cristo
Com Jesus, nosso Mestre, a transformação não é apenas externa. Ele não busca uma aparência de cristianismo. O chamado de Deus é para uma mudança que parte da mente e do coração.
Quando somos treinados em estreita relação com Cristo, não nos tornamos apenas “parecidos” com cristãos — nos transformamos verdadeiramente naquilo que Ele quer que sejamos: cidadãos do reino celestial.
Um dia, neste mundo, os holofotes se acenderão. O som da trombeta será ouvido, e todos seremos despertados do sono profundo. Quem sabe um anjo nos pergunte:
“Quem é você?”
Que nossa resposta seja com convicção:
“Sou um seguidor de Jesus Cristo. Deus deu a vida por mim.”
Se hoje lhe perguntassem: “Para onde você está indo?”, o que você responderia?
Será que diríamos:
“Sou estrangeiro e peregrino nesta terra. Estou à espera da pátria superior.”
Ou nos conformaríamos em dizer que ainda pertencemos a este mundo?
Reflexão Final
Agradeçamos a Deus pelas pequenas crises que nos preparam para a grande crise final. Aproveitemos esses momentos para sermos transformados, não apenas por fora, mas em nossa essência. Que possamos nos tornar verdadeiros filhos e filhas de Deus.
Quando nos perguntarem durante a prova final, “Quem é você?”, que possamos, com convicção, declarar:
“Somos filhos de Deus!”