No cardápio judaico do século I, o destaque ia além dos alimentos; era também uma expressão de valores culturais. Vamos juntos conhecer as nuances da alimentação na época de Jesus, explorando desde a hospitalidade até os detalhes da etiqueta à mesa.

A hospitalidade Semita
A reputação de bons anfitriões entre os semitas era tão valiosa que histórias bíblicas, como a de Abraão e Ló abençoados por anjos devido à sua hospitalidade, ecoavam esse princípio.
No Novo Testamento, Jesus, de maneira surpreendentemente natural, convida-se para a casa de Zaqueu, demonstrando a importância da hospitalidade. O mandamento de Pedro em 1 Pedro 4:9 reforça a cultura semita: “Sede, mutuamente, hospitaleiros, sem murmuração.”
Dever religioso
Apesar do dever religioso de ser um bom anfitrião, os hebreus eram rigorosos contra o desperdício de comida. O alimento, considerado sagrado, não podia ser desconsiderado mesmo em tempos de visita inesperada. Uma regra interessante indicava que o hospedeiro providenciava carne e pão com base no número de visitantes esperados, uma tradição ainda presente em algumas regiões do Oriente Médio.
Refeições ao ar livre
As refeições judaicas geralmente ocorriam ao ar livre ou no terraço das casas. Exceção era feita durante o inverno, quando a família se reunia dentro de casa. Os rabinos criticavam comer ao meio-dia, considerando-o lançar uma pedra dentro de um frasco de vinho. Curiosamente, o hábito de se reclinarem durante a última ceia de Cristo era uma exceção cultural copiada dos gregos, revelando detalhes interessantes sobre a ocasião.
Regras de etiqueta
O Eclesiástico de Ben Sirach oferece algumas diretrizes de etiqueta à mesa, incluindo a proibição de expressar ansiedade diante da comida e a permissão para provocar vômito se necessário.
Além disso, arrotar após a refeição era considerado um sinal de apreciação. Quanto ao cardápio, predominavam frutas, legumes, peixe e galinha, sendo a carne reservada para ocasiões festivas.
Mais que alimentação
A alimentação no tempo de Jesus não era apenas uma questão de saciar a fome; era uma expressão cultural rica em significado. Da hospitalidade generosa às regras de etiqueta, cada refeição revelava valores e tradições que permeavam a sociedade da época.
Ao explorar esses aspectos, ganhamos uma compreensão mais profunda não apenas da comida, mas do tecido social daquele tempo.
A História do Povo de Deus
A alimentação é apenas um detalhe da grande história dos personagens bíblicos. Conheça mais a fundo a história desse povo no documentário “A História do Povo de Deus”.
Uma resposta
Obrigada, estou aprendendo muito a cada dia, gosto de assistir Evidência do pastor Rodrigo Silva, como faço pra receber o livro sobre Maria Madalena? Que Deus abençõe ao pastor Rodrigo Silva, é a todas equipe