Como Cristo interpretava as escrituras?

Por <b>Rodrigo Silva</b>

Por Rodrigo Silva

Arqueólogo

Você já está participando da nossa série especial, Como Cristo interpretava as Escrituras, no YouTube? Confira um pouco do que estaremos conversando ao longo desses dias. 

 

Nossa aula será no Museu de Arqueologia Bíblica, um espaço que enriquece a compreensão das Escrituras Sagradas. Vamos embarcar numa viagem ao passado, explorando objetos arqueológicos que contam histórias milenares. Descobriremos curiosidades, cultura e hábitos dos povos antigos, tornando as Escrituras mais claras e significativas.

 

Explorando a interpretação das Escrituras

 

Para começar, vamos abrir a Bíblia no Evangelho de Lucas, capítulo 5, versículos 37-38: “Ninguém põe vinho novo em odres velhos; porque se o fizer, o vinho novo romperá os odres, o vinho se derramará e os odres se estragarão. Pelo contrário, vinho novo deve ser posto em odres novos.”

 

Quando lemos essa passagem, é comum imaginar um odre como um vaso de barro. Mas Jesus se referia a algo diferente. No museu, temos um exemplo de um odre da época de Cristo, feito de pele de animal. Esse tipo de recipiente, usado por tribos beduínas até hoje, era ideal para armazenar líquidos, pois era leve, resistente e térmico.

 

Se colocarmos vinho novo (não fermentado) em um odre velho, o vinho fermenta, produz gases e expande. Um odre novo se adapta, mas um odre velho, cheio de rachaduras, se quebra, perdendo o vinho. A analogia de Jesus nos ensina que nossa mente deve ser como um odre novo, pronta para expandir e receber novas ideias.

 

Esse entendimento é reforçado pela arqueologia, história e cultura. No museu, exploramos esses pilares para mergulhar nas camadas profundas das Escrituras, transportando-nos ao tempo antigo para vivenciar os episódios bíblicos. 

 

Arqueologia Bíblica e o entendimento de Jesus

 

Vamos agora para uma passagem em Lucas 4:16, onde Jesus ensina na sinagoga em Nazaré. As sinagogas, ou “beit keset” em hebraico, eram casas de reunião onde as escrituras eram lidas e discutidas. Ao contrário das igrejas modernas, as sinagogas tinham bancos ao longo das paredes, com um espaço central vazio, permitindo que todos focassem no orador.

 

Na época de Jesus, o processo de leitura das escrituras envolvia um banho ritual de purificação em um “micvê”. Esses tanques de purificação, encontrados pela arqueologia, eram essenciais para a preparação espiritual antes de entrar na sinagoga.

 

Contexto cultural e histórico

 

A prática de leitura e explicação das Escrituras na sinagoga envolvia reverência e preparação. Jesus, como um rabino reconhecido, lia a Torá de pé, mas explicava sentado, uma prática que enfatizava a importância da mensagem.

 

Entender as Escrituras através da arqueologia, história e cultura nos permite uma nova perspectiva, tornando as mensagens bíblicas mais vivas e significativas. 

 

Confira a primeira aula na íntegra assistindo ao vídeo abaixo e fique atento às próximas aulas, onde exploraremos mais sobre como Jesus utilizava o conhecimento histórico e cultural para ensinar as Escrituras e como aplicar esse conhecimento nos dias atuais.

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