Como foi a destruição do templo de Jerusalém?

Por <b>Rodrigo Silva</b>

Por Rodrigo Silva

Arqueólogo

A destruição de Jerusalém em 70 d.C. é um dos eventos mais marcantes da história antiga, especialmente para o cristianismo. Jesus, nos evangelhos de Mateus, Lucas e Marcos, previu este evento catastrófico, o que coloca essa história em um contexto espiritual e profético profundo. Neste artigo, exploraremos como essa destruição se desenrolou, sua relação com o cristianismo e a importância dos artefatos arqueológicos que ajudam a contar essa história.

 

 O que Jesus disse sobre a destruição de Jerusalém?

 

Jesus, em diversas passagens dos Evangelhos, especialmente em Mateus 24, Lucas 21 e Marcos 13, falou sobre a futura destruição de Jerusalém. Ele alertou seus discípulos sobre o que estava por vir, descrevendo um tempo de grande tribulação. Suas palavras não foram apenas um aviso, mas também um chamado à preparação espiritual. Ele mencionou sinais específicos que, quando vistos, deveriam fazer com que os habitantes fugissem da cidade para salvar suas vidas.

 

 O cumprimento da profecia

 

A profecia de Jesus se concretizou cerca de 40 anos depois, em 70 d.C., quando o general romano Tito, filho do imperador Vespasiano, cercou e finalmente destruiu Jerusalém. Este cerco foi brutal, resultando na destruição do Templo, que era o coração religioso e cultural do judaísmo, e na morte de milhares de pessoas.

 

Os romanos, determinados a esmagar qualquer resistência, não deixaram pedra sobre pedra, como Jesus havia predito. Este evento marcou o fim do judaísmo centrado no templo e teve repercussões significativas para os cristãos da época.

 

Impacto da destruição de Jerusalém

 

A destruição de Jerusalém é um marco na história do cristianismo, pois muitos cristãos da época viram isso como uma confirmação das profecias de Jesus. Este evento também simbolizou o fim de uma era e o começo de outra, onde o cristianismo começou a se distanciar de suas raízes judaicas e se expandir mais amplamente entre os gentios.

 

Além disso, a destruição do Templo e a dispersão dos judeus mudaram a dinâmica religiosa e política na região, preparando o terreno para o crescimento do cristianismo como uma religião independente do judaísmo.

 

 Arqueologia Bíblica e a destruição de Jerusalém

 

No Museu de Arqueologia Bíblica do UNASP, é possível ver artefatos que testemunham a história de Jerusalém, incluindo a época da sua destruição. Entre os itens mais interessantes estão potes filisteus de cerveja, pesos bíblicos, e réplicas de objetos históricos significativos como o Prisma de Taylor, que relata as conquistas do rei assírio Senaqueribe.

 

Esses objetos não apenas nos conectam ao passado, mas também ajudam a confirmar a veracidade histórica dos eventos descritos na Bíblia. Por exemplo, o selo do rei Ezequias encontrado em pedaços de vasos nos conecta diretamente com a narrativa bíblica do cerco assírio de Jerusalém.

 

Conheça o MAB

 

Para aqueles interessados em explorar essa história mais profundamente, o Museu de Arqueologia Bíblica oferece uma vasta coleção de artefatos. É uma oportunidade única de ver de perto objetos que datam da época bíblica, como telhas romanas da época da destruição de Jerusalém, espadas persas e fragmentos de escudos gregos, que contam histórias de batalhas antigas.

 

Além disso, o museu apresenta réplicas fascinantes como a “Monalisa da Galileia”, um mosaico do século III encontrado em Séforis, que pode ter sido uma das cidades onde Jesus trabalhou como construtor.

 

Continue aprendendo

 

A destruição de Jerusalém em 70 d.C. não foi apenas um evento histórico, mas também um ponto de virada crucial tanto para o judaísmo quanto para o cristianismo. As palavras de Jesus, as consequências devastadoras do cerco romano e os artefatos que sobreviveram até os dias de hoje nos lembram da profundidade e complexidade dessa história.

Para assistir a aula completa, no MAB, com a presença do Rabino Ventura, clique no vídeo abaixo.

destruição do templo

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