Poucas palavras são tão universais e reconhecíveis no meio cristão quanto “Aleluia”. Seja em hinos, pregações, orações ou nos momentos mais emocionantes de adoração, essa expressão aparece como um verdadeiro clamor de louvor a Deus. Mas você já parou para refletir sobre a origem, o significado e a importância bíblica dessa palavra?
Vamos mergulhar nessa expressão que atravessa gerações, continentes e culturas — e descobrir por que ela continua tão viva nos lábios dos adoradores até hoje.
Origem hebraica e significado literal
“Aleluia” é uma transliteração direta da expressão hebraica “hallelu-Yah”, que significa “louvai ao Senhor”. É uma junção do verbo hallel (louvar) no imperativo plural, e Yah, forma abreviada do nome sagrado de Deus, Yahweh. Ou seja, “aleluia” é um chamado coletivo para que todos louvem ao Deus de Israel.
Presença no Antigo Testamento
Apesar de ser uma das palavras mais conhecidas na fé judaico-cristã, “aleluia” aparece apenas 23 vezes no Antigo Testamento, e todas elas estão concentradas nos Salmos, especialmente entre os capítulos 104 e 150. Ali, ela sempre surge no início ou no fim de um salmo, funcionando quase como um refrão congregacional, marcando o início ou o encerramento de um cântico de louvor.
Esses salmos formam o que muitos estudiosos chamam de “salmos de aleluia”, usados durante celebrações e cultos solenes do povo de Israel. O uso da palavra nesse contexto reforça sua função litúrgica e sua força como expressão de exaltação coletiva.
Uma palavra rara no Novo Testamento
Curiosamente, “aleluia” aparece apenas em um único livro do Novo Testamento: Apocalipse, capítulo 19. Nesse trecho, ela é entoada por hostes celestiais em louvor a Deus, celebrando a vitória final sobre o mal e a justiça divina. Nos versículos 1, 3, 4 e 6, lemos que os anjos e os redimidos proclamam: “Aleluia! Pois reina o Senhor nosso Deus, o Todo-Poderoso!” (Ap 19:6).
Nesse cenário apocalíptico, a palavra ganha um novo peso — não apenas como uma expressão litúrgica da terra, mas como um louvor eterno do céu. Ela se torna parte do cântico dos remidos e dos anjos diante do trono de Deus.
Da adoração antiga à liturgia cristã
Diante de seu significado profundo e simbologia espiritual, as primeiras comunidades cristãs incorporaram a palavra “aleluia” em sua liturgia, especialmente para celebrar a ressurreição de Cristo e afirmar sua divindade. Desde os primeiros séculos do cristianismo, o termo passou a fazer parte das orações, hinos e celebrações como um louvor poderoso e reverente.
Com o tempo, “aleluia” passou a ser uma marca da adoração cristã, usada para expressar júbilo, gratidão, vitória e esperança. Ainda hoje, é impossível pensar em Páscoa, hinos de celebração ou cultos festivos sem ouvir essa palavra.
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