Até a revelação dos Manuscritos do Mar Morto, a mais antiga cópia em hebraico completa do Antigo Testamento datava de 1008 d.C., conhecida como Codex Babylonicus Petropolitanus. No entanto, essa cópia surgiu incríveis 1.400 anos após a conclusão do Antigo Testamento, levantando dúvidas sobre a fidedignidade textual das Escrituras.
Papiro Nash
Apesar da existência do Papiro Nash, uma porção hebraica de Deuteronômio 6:4 e 5, descoberto em 1902, sua pequena extensão limitava qualquer conclusão substancial. Com cópias tão tardias em mãos, os especialistas enfrentavam o desafio de provar a integridade textual, questionando se capítulos inteiros poderiam ter sido acrescentados ou suprimidos ao longo dos séculos.
Em 1939, Sir Frederic Kenyon, diretor do Museu Britânico, expressou seu pessimismo, duvidando da possibilidade de encontrar manuscritos hebraicos anteriores ao período da formação do texto massorético, copiado entre 500 e 1000 d.C. No entanto, uma reviravolta milagrosa estava prestes a acontecer.
A descoberta dos Manuscritos
Por volta de 1947, um garoto beduíno chamado Muhammed Ahmed el-Hamed, conhecido como “edh-Dhib,” fez uma descoberta incrível enquanto procurava por cabras perdidas perto do Mar Morto. Ao lançar pedrinhas dentro de uma fenda, ele ouviu o som de jarros se quebrando. Ao investigar, encontrou grandes jarros de barro com rolos de manuscritos envoltos em tecido.
Ao compartilhar sua descoberta com adultos da tribo, eles exploraram a gruta na esperança de encontrar um tesouro, mas, para surpresa deles, descobriram rolos de manuscritos. Alguns vasos foram vendidos, enquanto outros acreditam que foram parar nas mãos de um sapateiro cristão sírio. Membros do grupo perceberam o valor dos manuscritos, iniciando uma busca por novos pergaminhos em outras cavernas.
Descobertas posteriores
Com a ajuda de arqueólogos da École Biblique de Jerusalem, da American School of Oriental Research e do Archaeological Museum of Palestine (hoje Albright Institute of Archaeological Research), 11 grutas foram descobertas e catalogadas. Os rolos encontrados datavam de cerca de 300 anos antes de Cristo, proporcionando uma perspectiva mil anos mais antiga do que as cópias massoréticas.
Revolução na compreensão do Antigo Testamento
A descoberta dos Manuscritos do Mar Morto não apenas desafiou as expectativas, mas revolucionou a compreensão da integridade textual do Antigo Testamento. Esses documentos antigos ofereceram aos estudiosos uma janela para o passado, reforçando a confiança na preservação precisa das Escrituras ao longo dos séculos.
Assista ao vídeo abaixo para saber mais sobre os Manuscritos!
Uma resposta
Maior evidência encontrada, na minha opinião.